segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Caro amigo






 Agora que estás aí, espero que concordes comigo. Ninguém consegue esquecer completamente de Paris! Quando a conheci pela primeira vez era uma menina sonhadora e brincava com bonecas.
Agora, passados tantos anos e com uma vida plena e feliz me quedo pensando e desejando sempre revê-la. Perdi as contas das vezes que deixei a minha pequena e ensolarada cidade para me jogar nos seus braços, não importando o tempo, se inverno ou verão.
O meu encontro com  Paris, pode acontecer num belo jardim florido ou num parque coberto de folhas douradas, tanto faz. O importante é que eu possa pisar o seu solo, sentir o seu perfume, abraçar o vento suave que vem do Sena e me embriagar com o doce sabor do champanhe.
 Ah! Amigo que estranho fascínio tem essa cidade tão decantada pelos artistas e boêmios sobre nós! Hoje, podemos entrar no Restaurante “Le Montparnasse 1900” e retornar à “Belle Époque”, pedir  um prato com pão e queijos, acompanhado de um bom vinho e ficar à deriva, sonhando de olhos aberto, na espera da linda e coquete melindrosa ou do  cavalheiro usando fraque e cartola que, na ponta do pés vem beijar a minha mão! Alguém no piano dedilha músicas de Cole Porter e um cheiro forte de fumaça se espalha no ar. Ouço vozes mil, todos cantam e dançam o “charleston”.
Atordoada, abro os olhos e vejo uma juventude irreverente de cabelos coloridos, olhos pintados de cores escuras, usando shorts e jeans. Dois mundos diferentes mas com a mesma certeza de que nós amamos Paris que é e sempre será uma festa! Aproveita e curta a Musa. Ina Melo set/013






domingo, 29 de setembro de 2013

Minha amada cidade






          Ninguém consegue esquecer completamente de ti Paris! A primeira vez que te conheci era uma menina sonhadora e brincava com bonecas. Hoje, passados tantos anos e com uma vida plena e feliz me quedo pensando e desejando sempre te rever. Perdi as contas das vezes que deixei a minha pequena e ensolarada cidade para ir ao teu encontro, não importando o tempo, se inverno ou verão.
O meu encontro contigo pode acontecer num belo jardim florido ou num parque coberto de folhas douradas, tanto faz. O importante é que eu possa pisar o teu solo, sentir o teu perfume, abraçar o vento suave que vem do Sena e me embriagar com o doce sabor do champanhe.

Ah! Paris, tão decantada pelos artistas e boêmios! De hoje, posso retornar à Belle Époque e entrar no Restaurante “Le Montparnasse 1900”, pedir  um prato com pão e queijos, acompanhado de um bom vinho e ficar à deriva, sonhando de olhos aberto, na espera do cavalheiro usando fraque e cartola que, na ponta do pés vem beijar a minha mão! Alguém no piano dedilha músicas de Cole Porter e um cheiro forte de fumaça se espalha no ar. Ouço vozes mil, todos cantam e dançam o “charleston”.
Atordoada, abro os olhos e vejo uma juventude irreverente de cabelos coloridos, olhos pintados de cores escuras, usando shorts e jeans. Dois mundos diferentes mas com a mesma certeza de que tu, Paris és uma festa! INA Melo set/013



sábado, 4 de agosto de 2012

Cara Amiga

Finalmente estás em Paris à cidade que encanta a todos pelo charme, elegância e alegria de viver. Claro que te acompanho em pensamentos nesta viagem de sonhos, onde podes aproveitar o convívio familiar. Para mim, não tem melhor companhia numa viagem do que pessoas a quem amamos e que tenham afinidades conosco. Sei que sempre alimentastes o sonho de viajar com o teu filho e eis que ele se realiza. Aproveita esses momentos inesquecíveis, quando podemos dividir emoções. Paris é sempre uma festa, seja em qualquer época do ano. Não foi em vão que os grandes artistas da humanidade, apesar das dificuldades de alguns, ali viveram e trabalharam. Lembro que Hemigway aventurou-se e foi trabalhar para pequenos jornais americanos e amargou muitas dificuldades, até tornar-se um grande escritor. Em Paris, amiga a gente ama a cidade e seus encantos. Tudo nela é radiante, por isso ser conhecida como a Cidade Luz. Ela é uma festa hoje e sempre. Poucas pessoas eu conheço que não a admire. Para ti ela não é novidade, mas a cada visita, vais descobrir mais e mais coisas para te encantar. O bom é que podemos ser pobres e ricos, pois o visual é para todos, basta ter olhos bem abertos e admirar os monumentos, pontes, rio, jardins, igrejas, bosques. Até mesmo os cemitérios são dignos de visita. Em Paris você descobre o passado com o pé no presente. Nas lojas de luxo e nos brechós sempre encontramos coisas para nos fascinar. Podemos sentar num café qualquer e saborear um bom vinho, assim como, ir ao Ritz e se aconchegar no charme de um Bar onde o luxo e a elegância fazem jus ao preço. Isto é Paris! Andar pelas ruas de ônibus, de Metrô e o melhor a pé. Assim podemos observar, sentir, viver o que é esta cidade dos reis loucos e extravagantes. mas que tantas belezas criaram. Nos museus, o passado é presente nas belas pinturas. Visitar as igrejas, ouvir no silêncio os órgãos que nos levam ao céu com os timbres sonoros da música, que também é eterna. Ah! Querida amiga, não olhe para baixo. Erga os olhos e veja a maravilha da arquitetura que envolve toda a cidade. Desça às margens da Sena e aprecie os livreiros que vendem histórias e sonhos. O mais importante: prometa que sempre voltará, pois Paris é para ser visitada muitas e muitas vezes. Beijos e saudades. Ag. 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Para uma amiga irmã(Graça Melo "in memoriam"

No mundo encantado aonde habitas, talvez lembres de um 14 de Julho, data magna da República Francesa, que passamos em Paris. Eu, jamais esquecerei. Chegamos num domingo pela manhã e nos hospedamos no acolhedor Hotel de Suez, situado no Blv.St.Michel. O tempo estava magnífico com o sol derramando-se por todos os parques, ruas e avenidas. Cafés repletos de turistas, pessoas das mais variadas etnias, formavam um caleidoscópio de cores. Que bela visão para os meus olhos sedentos de coisas novas. A cidade engalanada de “bleu, blanc, rouge”, com milhares de bandeiras francesa e os jardins cobertos de flores das mais variadas cores e matizes, oferecendo-nos um magnífico quadro impressionista. Finalmente chegou o grande dia. Saímos cedo para o Champs Elysées onde aconteceria o desfile militar. O táxi nos deixou longe e caminhamos a pé por não sei quanto tempo. Ficamos exaustas. Lembro das tuas loucuras para fotografar os garbosos soldados vestidos em suas roupas de gala. Almoçamos no Restaurante estilo “Belle Époque”, em Montparnasse e fomos para outro ponto importante de Paris. A Praça da Bastilha, onde uma multidão cantava a Marselhesa. Uma alegria nunca vista. É realmente uma festa do povo. A música espalhadas pelas orquestras levava todos a dançar. Nós parecíamos crianças deslumbradas. Como estávamos felizes. A festa continuou no largo da Torre Eiffel onde permanecemos por mais de três horas esperando o espocar dos fogos de artifício. Passava da meia-noite, quando famintas, encontramos um restaurante e fomos jantar. Aí brindamos ao nosso amor por essa encantadora cidade, falando da loucura do nosso dia. Nunca Paris foi para nós tão bela e festiva e, ao caminharmos sem destino pelas suas ruas, perdemos a noção do tempo e o Metrô. Felizes, de faces coradas pelas muitas taças de champanhe, voltamos para o Hotel na madrugada parisiense. Hoje, novamente num “14 Juillet”, sinto saudades de ti e de Paris. Julho 2012.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Meu querido amigo

Pensei que nunca mais poria os pés neste encantador País. Os anos passam tão rápidos. Ou somos nós que passamos por eles? Sentada num ensolarado dia num dos meus cafés preferidos, o Flore, faço o que mais gosto. Observo o mundo passar nos variados tipos de gente e sinto uma fantástica sensação: ninguém me conhece! Assim, como se eu habitasse uma outra galáxia. E agora pergunto: e tu amigo de tantas confidências e lembranças, qual será a tua morada? As cartas que escrevo percorrem um caminho sem fim à tua procura e nunca recebo uma resposta. A última que recebi faz tanto tempo, que já esqueci o mês e o ano. Lembro apenas que estavas numa pequena cidade da Provença e ao passar num campo de girassóis, lembrastes de mim enviando um belo cartão. Nele falavas de amor e paixão. Pela milionéssima vez conquistavas uma nova mulher. És perito na arte da paixão e, assim, oferecias-lhe uma porção de sonhos o que sabes fazer muito bem. Sendo tua velha amiga e confidente, ri ao ler as palavras de entusiasmo e a promessa: desta vez é para sempre. Apenas questionei: quanto durará a eternidade dessa paixão? Desejei e isto é a pura verdade, que a mosca azul do amor picasse forte o teu coração e dele nunca mais saísse. Aí me vens com esta triste história e, que tragédia! Estás realmente caído e tentas a todo custo uma reconquista, mesmo sabendo que não há reciprocidade. Cuidado amigo, pode te custar muito caro. Foi preciso deixar o tempo passar para ficares à mercê de uma mulher. É isso aí. Há um ditado que diz: “quem com muitas pedras mexem, uma lhe cai na cabeça”. Cuidado para não te “ferrares” como dizem os jovens do nosso tempo. O amor é o maior pregador de peças do mundo. Assim, respondo ao teu cartão, desejando de coração que sejas muito amado e feliz. Paris,

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Amigo do Coração

Escolhi uma pequena ilha do litoral norte para comemorarmos o teu aniversário. Só uma vez tivemos esta oportunidade, assim mesmo cercados de amigos. Agora não, estamos sós, num local ainda pouco visitado pelos turistas, pois o verão está frio e o tempo é chuvoso. O mar, coberto por brumas cinzentas continua no seu eterno vai e vem de ondas brancas e sorridentes, indiferentes ao tempo que passa derrubando sonhos e esperanças. Hoje, somos quase velhos. Fui ao pequeno e acolhedor “Bistrô” e mandei preparar um jantar especial para nós dois: “grenouilles à la provençal”, acompanhado de um “Chateau Latour, domaine Puillac, bordeaux, 1975”, um vinho jovem é verdade, mas para nós, é bom ter um pouco de juventude, pelo menos no vinho. Vi que estavas cansado da viagem e deixei que ficasses sozinho no hotel, assim descansarás para a noite que será muito especial. Sei que irias te preocupar pelo fato de sair sozinha numa tarde fria e chuvosa, enfrentando ventos fortes. Mas era necessário. Senão, como iria preparar a surpresa? Além do mais, eu também precisava caminhar e aproveitar o mar, bem sabes o quanto ele me agrada quando está bravio. O meu presente será esta carta, a qual redijo no Mirante, num ponto isolado da ilha. Tenho á minha frente lápis e papel e um forte “congnac” que saboreio aos poucos, uma forma de aquecer o corpo e a alma. Quero deixar aqui a minha carinhosa mensagem de parabéns. Lembras-te que um dia nós falamos: “quando formos velhos o calor da paixão irá aquecer os nossos corações." Agora vivenciando o inverno da vida quero dizer para ti que, mesmo com o furor sexual amortecido, dentro de nós, ainda existe muito fogo e paixão. De ontem para hoje espaçosas décadas nos separam, mas os sentimentos continuam jovens tal qual o vinho que irá nos aquecer à noite. Antes de retornar, irei me preparar para ti como uma noviça; Aos teus olhos não serei a velha senhora de formas arredondadas, cabelos rareando e rugas teimosas, que arrebentam os cremes mágicos de beleza e teimam em se mostrarem. Quero que me vejas como uma sílfide saindo das ondas, coberta pelos raios prateados do luar, entregando-te não só o corpo, como também a alma, num louco banquete de amor. Feliz aniversário amigo irreal, habitante de uma galáxia perdida.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Amigo do Coração


Hoje estou muito saudosa e por isso resolvi retornar a um tempo passado quando, sem nada de especial para fazer passava horas escrevendo para ti, discorrendo sobre os encantos desta fascinante cidade.Sim, estou em Paris e por alguns dias, sou hóspede do Méridien, hotel elegante, sóbrio e muito charmoso.
Vez por outra, paro e penso em ti. Quando será que teremos Paris só para nós? Este é um sonho que alimento através dos tempos. Por quantas e quantas vezes aqui estive e o ciclo das impossibilidades se repete. Acho querido amigo, que vou arquivá-lo num lugar secreto do coração para quando o esquecimento chegar eu possa retomá-lo e voltar a sonhar.
O que mais me encanta nesta época, o Outono, é o dourado das folhas caindo no chão, despindo ás árvores igual ao homem faz com as mulheres no ritual do amor. A luz do sol refletindo-se nas folhas caídas dando-nos a impressão de um tapete de ouro.
Fui à Roma, Florença e Veneza por uma semana. Elas, como sempre acontece, estavam repletas de turistas e sempre lindas e românticas.
Para encerrar a viagem voltei e, por uma semana serei livre para voar e dona de mim. Por isso amo tanto esta cidade. Vou aproveitar e conhecer os seus arredores onde encontramos belezas arquitetônicas e históricas, num mundo rico de cultura e arte. Sem falar nos “Bistrôs” onde podemos degustar o melhor da cozinha francesa, e o melhor, gastando pouco.
Tenho a lamentar que o tempo aqui para mim seja sempre curto, infelizmente preciso voltar. Beijos saudosos da amiga catadora de sonhos e ilusões. Paris, outono.